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30 / mai / 2023
A Petrobras enfrenta o desafio de reduzir o preço da gasolina em 14% após o retorno dos impostos.

A Petrobras enfrenta o desafio de reduzir o preço da gasolina em 14% após o retorno dos impostos.

A nova política de preços da Petrobras entrará em vigor nas próximas semanas, coincidindo com uma mudança no valor do ICMS sobre combustíveis e o fim da desoneração de tributos federais. Isso resultará em oscilações nos preços para os consumidores.

De acordo com cálculos de Andréa Angelo, estrategista de inflação da Warren Rena, a Petrobras precisará reduzir em 14% o valor do litro da gasolina até julho para evitar que o aumento dos impostos pressione o preço final nas bombas.

Atualmente, as alíquotas do ICMS variam de 17% a 20%, dependendo do estado.

A partir de 1º de junho, será adotado um valor único de R$1,22 por litro de gasolina ou etanol em todo o país. Isso significa um aumento no imposto, considerando o preço atual da gasolina e as alíquotas estaduais, que têm uma média de R$1,08 por litro.

A redução de 12,6% da gasolina nas refinarias, anunciada pela Petrobras e em vigor desde 17 de maio, pode compensar o aumento do imposto estadual a partir de junho no preço de revenda do combustível. No entanto, essa redução não acabará com as oscilações de preços.

Embora se espere uma leve redução em junho, a perspectiva é de aumento no mês seguinte, o que vai contra a estratégia do governo de controlar a inflação e agradar à classe média.

Em 1º de julho, está previsto o retorno integral da cobrança de impostos federais (PIS/Cofins e Cide) sobre a gasolina e o etanol, que foram zerados durante o período eleitoral e mantidos parcialmente até 30 de junho via medida provisória.

Andréa estima que o preço da gasolina nas bombas terá uma queda média de 2% devido à redução de 12,6% nas refinarias até o final deste mês.

Em junho, com a cobrança única do ICMS, espera-se mais uma queda de 1,5%, reflexo da redução da Petrobras, embora alguns postos demorem algumas semanas para repassar a diferença de preço ao consumidor.

A economista calcula que, se não tivesse ocorrido a redução pela Petrobras, o preço da gasolina teria um aumento de 2,35% em junho. Com a reoneração total dos tributos federais em julho, o preço da gasolina pode subir 5,64%.

No entanto, ela acredita que a Petrobras anunciará uma nova redução para mitigar o impacto no consumidor, devido à mudança em sua política de preços, que não depende exclusivamente das cotações do câmbio e do petróleo no mercado internacional.

Segundo sua estimativa, a estatal precisaria anunciar uma redução de 14% no preço nas refinarias.

Autor/Veículo: o Globo e Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis)

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