Publicações
Notícias
05 / dez / 2023
Petrobras avalia recomprar Refinaria de Mataripe.

Petrobras avalia recomprar Refinaria de Mataripe.

A Petrobras está atualmente em negociações com a Mubadala para a possível recompra da Refinaria de Mataripe, localizada na Bahia, conforme anunciado pelo presidente da estatal, Jean Paul Prates. Em coletiva de imprensa realizada na manhã de sexta-feira (24/11) para apresentação detalhada do plano estratégico da empresa, Prates afirmou que embora seja uma possibilidade, o assunto é tratado com discrição devido às delicadas negociações em andamento com a Mubadala.

A Refinaria de Mataripe, anteriormente conhecida como Landulpho Alves (Rlam), foi o primeiro projeto de refino vendido durante o processo de desinvestimento da Petrobras durante o governo de Jair Bolsonaro. Atualmente operada pela Acelen, subsidiária da Mubadala, o fundo soberano de Abu Dhabi, a refinaria foi adquirida por US$ 1,8 bilhão em dezembro de 2021.

O plano estratégico da Petrobras para o período de 2024 a 2028 prevê investimentos de US$ 5 bilhões em projetos ainda em avaliação nas áreas de refino, transporte e comercialização, podendo incluir aquisições futuras.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem defendido a recompra das unidades de refino privatizadas nos últimos anos pela estatal, especialmente a Rlam. Em nota divulgada em setembro, ele destacou que a refinaria é um ativo histórico que fazia parte da estratégia da Petrobras e não deveria ter sido vendido.

A venda de oito refinarias foi um compromisso assumido pela Petrobras com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em 2019, como parte da abertura do mercado de refino.

Além da Rlam, outras refinarias foram vendidas, como a Reman no Amazonas para o grupo Atem, a Lubnor no Ceará para a Grepar, e a Unidade de Industrialização do Xisto (SIX) no Paraná para a F&M Resources.

A Refinaria Clara Camarão, no Rio Grande do Norte, que inicialmente não fazia parte do acordo, também foi vendida para a 3R Petroleum. A Petrobras enfrentou desafios na venda de outros ativos de refino, e tanto executivos do Cade quanto da Petrobras mencionaram a possibilidade de renegociação do acordo.

Autor/Veículo: Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis).

Comente essa publicação

Fale Conosco