
Petrobras avança em licitações para retomada de obras no Comperj e na Refinaria Abreu e Lima
A Petrobras deu novos passos na retomada de dois dos seus principais projetos de refino: a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e o antigo Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), agora denominado Complexo de Energias Boaventura.
No caso da Abreu e Lima, a estatal concluiu a licitação de três lotes de obras, no valor total de R$ 4,9 bilhões, para ampliar a capacidade da refinaria dos atuais 130 mil para 260 mil barris por dia. A Consag, do grupo Andrade Gutierrez, venceu todos os pacotes.
O projeto, que já consumiu cerca de US$ 18 bilhões, é considerado prioritário pela atual gestão da Petrobras, apesar de críticas anteriores do TCU quanto à sua viabilidade econômica. Já no antigo Comperj, a Petrobras recebeu propostas para seis lotes de obras, que somam cerca de R$ 14 bilhões.
Três consórcios lideram a disputa: Heftos e Colares e Linhares; Montos e LCD Engenharia; e o grupo formado por Tenenge, EGTC e EBC. As negociações com os proponentes seguem em andamento.
Ambos os empreendimentos foram citados nas investigações da Operação Lava Jato e contam com a participação de empreiteiras que firmaram acordos de leniência com o governo. Apesar do histórico, a Petrobras busca viabilizar os projetos como parte da estratégia de ampliar sua capacidade de refino e gerar empregos.
Apenas no Complexo de Energias Boaventura, estima-se a criação de 10 mil postos de trabalho, com início previsto para o fim de 2025. A previsão da empresa é iniciar a operação do novo complexo no Rio de Janeiro em 2028, com foco na produção de diesel, querosene de aviação e óleos lubrificantes.
Fonte: Folha de S.Paulo e Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis).