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03 / nov / 2020
Produção de biocombustíveis para transporte cairá pela primeira vez em duas décadas.

Produção de biocombustíveis para transporte cairá pela primeira vez em duas décadas.

A pandemia da COVID-19 teve forte impacto na atividade econômica e no preço do petróleo. A produção mundial de biocombustíveis para transportes, como o biodiesel, o etanol celulósico e o óleo vegetal hidratado, deve cair este ano pela primeira vez em duas décadas.

A Agência Internacional de Energia (IEA) em parceria com o Fundo Monetário Internacional (FMI) elaborou um plano de rápida recuperação sustentável do setor que podem contribuir para a retomada do crescimento econômico mundial, criar milhões de empregos e conter as emissões globais de dióxido de carbono (CO2).

Paolo Frankl, líder da divisão de energias renováveis da IEA, durante um evento on-line realizado no dia 15 de outubro pela Plataforma Biofuturo– consórcio formado por 20 países, incluindo o Brasil, apresentou algumas projeções com o objetivo de fomentar soluções de transporte de baixo carbono e a bioeconomia. O evento teve o apoio do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN) e integra a programação da Brazilian Bioenergy Science and Technology Conference (BBEST) 2020.

Antes do início da pandemia de COVID-19, era previsto que a produção aumentasse em mais de 5 bilhões de litros (3%) este ano. Entretanto, segundo dados da IEA, a produção global de biocombustíveis para transporte atingiu em 2019 o recorde de 162 bilhões de litros, ou 2,8 milhões de barris por dia. Para 2020, estima-se que a produção tenha uma queda de 20 bilhões de litros (13%), voltando aos níveis de 2017.

A implementação do plano de recuperação sustentável do setor pode impulsionar o crescimento econômico global em uma média de 1,1% ao ano. Além disso, poderia salvar ou criar cerca de 9 milhões de empregos por ano.

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