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04 / jan / 2022
Revendedor, o que esperar de 2022?

Revendedor, o que esperar de 2022?

As análises apontam possíveis caminhos para a revenda, desde os preços internacionais do petróleo até a conjuntura interna. Desdobramentos da pandemia também estão em pauta.

Mas vale ressaltar que o Brasil contribui com apenas 3% do total de CO2 colocado no meio ambiente em comparação ao mundo, e tem uma legislação muito rígida e regulamentada para os empreendimentos potencialmente poluentes. Além disso, existe uma série de alterações na legislação específica para o segmento de combustíveis, que podem mudar o jogo e alterar as previsões para 2022.

A Revista Escalada entrevistou economistas, especialistas e consultores do mercado de combustíveis para apontar as principais tendências para o ano.

  • Mercado em transformação e disruptura

Nélio Wanderley, administrador de empresas e CEO da Posto Seguro Brasil Consultoria. Também é sócio do Nortear Petro, um portal de inteligência de mercado. “O setor de combustíveis sofre uma disruptura para a substituição dos produtos fósseis por produtos de menor potencial poluente”.

Diante disso, as tendências que vejo são as seguintes:

  • Petróleo: em geral, vejo o Petróleo estabilizado entre US$ 60 e US$ 80, variando conforme o consumo internacional. Este consumo, por sua vez, será influenciado pela Covid-19. Com a pandemia perdendo força, há tendência de elevação do consumo. Também pode haver sobra de petróleo por excesso de produção e com a liberação de estoques reservas (de países como EUA, China e Japão). Caso a pandemia volte a piorar, o consumo se retrai e isso tem reflexo na queda do preço.

  • Dólar: vejo com estabilidade, sem flutuações gritantes, pois entraremos em período eleitoral no Brasil e existe uma instabilidade no cenário econômico (geração caixa) que está no limite. Sendo assim, acredito que o dólar ficará entre R$ 5,40 e R$ 5,70.

  • Etanol: a safra de 2021/2022 será determinante para a definição dos preços. Quebra de safra ou excedente de produto definirão esse novo patamar. Vejo que se o preço da gasolina flutuar para cima, o Etanol irá na proporção de 70%, pois se trata de um produto com estoque limitado e não convém ficar com excesso de competitividade comprometendo o estoque na entressafra. Acredito num etanol hidratado entre R$ 3,40 e R$ 3,60. Enfim, tudo pode acontecer..

  • Entre a volatilidade e a estabilidade

Geraldo Lucena, consultor e colunista do Nortear Petro. “Nossa visão para o preço do petróleo BRENT no mercado internacional para 2022 é que obedeça uma variação de US$ 65 a US$ 85.”

Dados da Energy Information Administration (EIA), no dia 18/11, sinalizam que existe um descompasso entre demanda e oferta, o que vem gerando preços altos, mas estima-se que o cenário atual sofra reversão em 2022. Por outro lado, em se tratando de uma commodity, é possível que sofra ajustes promovidos pelo aumento da inflação, além de outros fatores de mercado como demanda global e ajuste estratégicos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, conhecidos como OPEP +. Em síntese, o mercado poderá sim permanecer bastante volátil e incerto durante o primeiro semestre, apresentando um cenário mais claro no segundo semestre.

  • Crescimento do consumo deve continuar

Eugênio Stefanello, mestre em economia e professor da FAE Centro Universitário. “Para analisar preços, é fundamental fazer uma análise do comportamento da economia e do comércio mundiais.”

No ano passado, em razão do lockdown, da ruptura das cadeias de suprimentos e das medidas restritivas para combate ao coronavírus, a economia de alguns países teve queda e, posteriormente, uma recuperação em 2021, fruto da liberalização do lockdown e do retorno das cadeias de suprimentos, do transporte e comércio a nível mundial.

O último relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) mostrou que havia perspectiva de recuperação da economia mundial, com crescimento médio de 5,9% em 2021, e 4,9% em 2022. Mas isso tudo provavelmente será revisto, devido à ruptura das cadeias de suprimento e aumento dos fretes. Essa regularização da cadeia e do comércio só deve ocorrer a partir do segundo semestre do próximo ano.







Autor/veículo: Revista Escalada – Publicado no Portal Brasil Postos e MinasPetro.

Veja mais acessando: http://minaspetro.com.br/blog/2021/12/15/revendedor-o-que-esperar-de-2022/

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